A sabedoria popular, mais em concreto a ligada ao futebol, diz-nos “Em equipa que ganha não se mexe”.
Não sendo eu um conhecedor profundo de desportos coletivos, em particular de futebol, não me atrevo a discutir o mérito da afirmação. Mas, será que este “novo provérbio” se aplica à realidade empresarial?
Quando os resultados de uma empresa não são os desejados é simples de entender a necessidade de mudar. E, quando a empresa está a atingir resultados positivos? Porquê sujeitarmo-nos às dificuldades da mudança sem que esta resulte de uma obrigação?
Steve Jobs disse que um produto ou serviço, assim que alcançasse o sucesso, estava no momento de ser posto em causa – antes que a concorrência o fizesse.
Observamos que as empresas que há mais tempo estão no topo dos seus mercados são aquelas que não esperam pela necessidade de mudar e fazem “mexer as coisas”.
Talvez não entrem num processo de transformação profunda e sim num “abanão” que obriga a estrutura a reinventar-se e a contrapor as vicissitudes do amadurecimento – hábitos, vícios, hierarquias demasiado fixas, custos instalados, quebras drásticas de criatividade.
John Kotter faz uma abordagem muito interessante a este tema no livro, cuja leitura recomendo, “Sentido de Urgência”.
Ele estabelece uma estratégia e 4 táticas como método para combater a complacência natural das organizações:
Estratégia – Crie ações concentrando-se também no coração, nas emoções, e não apenas na mente.
Tática 1 – Traga o exterior para dentro
Tática 2 – Comporte-se com urgência todos os dias
Tática 3 – Crie oportunidades nas crises
Tática 4 – Lide com aqueles que querem a complacência
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