Num inquérito realizado pelo Banco de Portugal e pelo INE, às empresas portuguesas, é evidenciado o impacto desta pandemia nos resultados da empresa, cerca de 37% das empresas inquiridas, reportou quedas superior a 50% no volume de faturação durante o mês de abril, ainda que cerca de 80% das empresas se mantenha em funcionamento.

A maioria das empresas viu no teletrabalho a resposta à redução de pessoal e à manutenção das atividades centrais da empresa, sobretudo em empresas de maior dimensão e melhor estruturadas para o efeito.

A verdade é que há mais de um mês e meio em confinamento e para muitos em regime de novos hábitos e rotinas, novos métodos e estratégias de trabalho, o regresso à normalidade tem suscitado diversas discussões.

E depois do COVID-19?

A pandemia do COVID-19 trouxe uma mudança de paradigma enorme, sendo que o número de pessoas em teletrabalho aumentou significativamente.

O estudo realizado pelo Prémio Cinco Estrelas, em parceria com a Multidados revela que a maioria dos portugueses se sente tão produtivo em casa como no local de trabalho, embora sinta maior dificuldade em se concentrar e no final do dia em se desligar do trabalho. Esse estudo revela ainda, que apesar do trabalho remoto e do confinamento as suas relações no trabalho permanecem inalteradas, recorrendo preferencialmente ao Skype para manter a comunicação diária.

Com um espaço reservado para o trabalho e com o cumprimento de horários, o problema indicado pelos portugueses inquiridos revela que a principal dificuldade sentida no trabalho remoto é a qualidade e disponibilidade dos meios remotos.

É urgente uma transformação digital nas empresas!

Apesar de algum desgaste emocional e de saúde mental que o período de confinamento provocou em todos nós, os portugueses veem nesta fase um passo importante para uma solução futura, sendo que cerca de 68% dos inquiridos nesse mesmo estudo, revela que numa realidade pós-COVID prefere trabalhar num mix equilibrado entre teletrabalho e escritório.

As empresas precisam de uma resposta rápida na melhoria da qualidade e disponibilidade dos meios remotos, como forma de responder aos anseios dos novos hábitos e melhorar a qualidade no trabalho e reter os talentos na sua empresa.

A transformação digital não é mais um fator de diferenciação, mas um fator eliminatório.