Ao fundo de um jardim, um velhote tinha plantado uns bambus. Certo dia, quando o seu neto o visitava, levou-o a ver os bambus já crescidos.
Enquanto caminhavam, o avô explicava ao seu neto:
– Depois de plantada a semente, passam cerca de cinco anos sem que se veja nada, exceto um rebento minúsculo. – enquanto falava o avô mostrava ao neto pequenos rebentos – Todo o crescimento é subterrâneo; está a construir-se uma estrutura complexa de raízes que se estende vertical e horizontalmente pela terra. Então, no final do quinto ano, o bambu chinês cresce com grande velocidade até atingir uma altura de vinte e cinco metros.
– Avô, mas isso é muito tempo até começar a crescer! – dizia o neto impaciente.
– Uma pessoa que decide um dia, ir em busca dos seus sonhos, tem que plantar a semente, e trabalhar dia-após-dia, não se veem resultados nos primeiros anos. Parece que tudo continua na mesma e que não acontece nada. Então surgem as dúvidas, as quebras, os momentos de fraqueza emocional que convidam a desistir, a atirar a toalha ao chão.
– Pois claro, avô, ao fim de cinco anos a trabalhar esperamos crescer obter reconhecimentos pelo esforço que investimos!
– É verdade! – dizia o avô com muita calma – Algumas pessoas, perante a incerteza do futuro, desistem e preferem dobrar as velas para navegarem para porto seguro. Só um pequeno grupo decide seguir em frente e mantém-se firme, rumo ao destino, apesar dos fortes ventos que possam fustigar o navio. E de repente um dia tudo acontece; algo começa a germinar e dá-se um crescimento exponencial. – concluía o avô satisfeito com a atenção com que o neto o seguia.
“Depressa e bem, há pouco quem”
Na base de todas as casas estão grandes e consistentes alicerces. Assim deve ser o crescimento de cada um de nós e das empresas.
O sucesso e o crescimento não acontecem da noite para o dia. São práticas simples, pequenas tarefas e hábitos que vamos repetindo e afinando todos os dias, que refletem resultados consistentes a longo prazo.
Podemos aprender ferramentas e técnicas que melhorem as nossas capacidades, mas é a prática que nos torna mais competentes e mais capazes de fazer as coisas.
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