Nos negócios, como no desporto, uma boa liderança leva a equipa mais longe.
A necessidade de transformar bons jogadores em líderes de jogo é uma das preocupações dos melhores treinadores.
Um dos métodos que me chamou a atenção foi desenvolvido por um treinador de basket meu amigo, Fernando Santos. O Fernando criou quatro estágios de evolução pelos quais avalia e faz evoluir os seus jogadores.
Hoje uso, com algumas adaptações, este método para desenvolver a liderança nas equipas com quem trabalho.
Partilho-o para que possa usar também. Pode optar por ver o vídeo ou ler a transcrição abaixo.
Transcrição:
“Gostava de partilhar convosco uma definição que ouvi de um treinador de basket. Portanto, uma área muito diferente da área empresarial.
Este treinador de basket referiu-me que avalia os jogadores dele por quatro estágios, e pareceu-me que estes quatro estágios se enquadravam perfeitamente no que são os estágios, ou os patamares, que nós precisamos de percorrer na nossa liderança.
Ele dizia-me que, quando ele apanha um jogador jovem, o primeiro passo é ajudar o jogador a perceber quais são os seus pontos fortes, e a saber tirar partido dos seus pontos fortes. Portanto um jogador mais jovem aquilo que precisa de aprender é a conhecer-se. Onde é que eu sou bom, como é que eu posso potenciar esta minha qualidade.
Quando o jogador começa a tirar partido da qualidade dele, é o segundo estágio. Ele tem que entender o jogo. Ok, eu tenho estas mais-valias, como é que estas mais-valias se enquadram no jogo. Ele tem que ser capaz de se inserir no jogo. Não pode ser o que no futebol chamam de um “brinca na areia”, que sabe fintar muito bem, mas não faz o golo. Ele tem que entender que tem que fazer o golo. Isso é que faz ganhar o jogo.
Quando ele percebe o jogo e os seus pontos fortes, está no momento de saber ler o adversário. Nós queremos saber quais são os pontos fortes do adversário para nos podermos proteger, e quais são os pontos fracos, para o podermos atacar.
Quando finalmente o jogador conhece o terceiro estágio, ele chega ao último patamar. É quando ele já sabe aquilo que sabe fazer, sabe o que tem que fazer porque conhece bem o jogo, sabe ler o adversário e tirar partido das suas fraquezas, mas mais do que isso, sabe ler os colegas, e sabe perceber o que é que o adversário vai atacar nos colegas, e defender os colegas.
Ora, eu acho que isto é um patamar espetacular de liderança. Quando nós já fazemos tudo o resto e em cima disso sabemos defender os nossos liderados. Sabemos perceber que ataques é que eles vão sofrer e estar lá para os apoiar.
Isto para mim é liderança.”
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